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sábado, 30 de janeiro de 2016

Vícios


De acordo com o Dr. Thorsten Heedt, médico especialista de psicoterapia, todos os comportamentos compulsivos têm pelo uma coisa em comum:
- ser consumido compulsivamente, mesmo que não haja sentimento de prazer,
- a perda do controle vai se tornando progressiva,
- é uma válvula de escape de sua própria realidade,
- o vício continua mesmo com consequências negativas.
Caso queiram ler o artigo completo, o qual é muito interessante, acessem o link abaixo:
http://pt.pokerstrategy.com/strategy/psychology/695/1/

Carla

Eu nasci achando que me daria bem. Não que eu tenha nascido e já soubesse que me daria bem, porém por ter nascido num berço onde não havia dificuldades financeiras e sempre tínhamos o que queríamos, acreditei que este era o meu destino, ter tudo o que desejava.
Porém, não foi assim que as coisas aconteceram. Quando adolescente meu pai perdeu tudo na mesa de jogos e quando eu falo em tudo, é tudo mesmo: casas, carros, estabelecimentos comerciais, etc... Um dia simplesmente acordei e não tinha mais nada. Estava com os meus 14 anos e devido a esta situação, me vi diante de um empecilho, lutar pela sobrevivência.
Não foi uma situação fácil, como ainda não é, porém precisava de um lugar para dormir e tinha que alimentar. Isso não cabia a mim, mas devido ao drama que foi envolvido a minha família, precisei buscar forças e tomar atitude. Meu pai se voltou ao álcool e a depressão, minha mãe se separou e precisava cuidar dos meus irmãos mais novos, ela estava totalmente desestruturada e não sabia como proceder, eu era a única que sobrava para tomar as decisões.
Os anos se passaram, fiz de tudo um pouco: vendi doces, trabalhei em lojas, comecei a ter altos cargos. Porém nada me satisfazia. Sempre tive um vazio bem grande dentro de mim. Fiz o que pude para que a minha família sobrevivesse de forma digna. Abdiquei de quem era e da minha vida. Apesar de tudo, me sinto fraca. Não me sinto realizada e não me considero uma pessoa feliz. Conheci um bom homem, porém ele é apenas um bom homem. Tenho medo de me arriscar, tenho medo em confiar, tenho medo de constituir família.
Hoje, sei que o tempo está passando. Sinto saudades do que vivi e do que poderia ter vivido. Sinto pena do meu pai ter sido uma pessoa fraca, que deixou o jogo ser mais importante na vida dele do que sua própria família. Não consigo odiá-lo, a minha mãe passou sua vida assim o odiando. Eu tenho dó. Cuido dele. Não tem como não cuidar. Mesmo distante e sempre próxima, cuido de todos. Mas, realmente queria que alguém pudesse cuidar verdadeiramente de mim.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Fato!!!

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Hilda

Estive repensando sobre a minha vida: os momentos que passei, as pessoas que ajudei, a minha vida que abdiquei em prol dos outros. Não que eu esteja achando ruim, mas hoje penso, que se pudesse recomeçar teria feito algo por mim também.
No momento que tudo passei, pensei em estar fazendo o certo, mas eu poderia ter aprendido a fazer as duas coisas. Hoje percebo que em primeiro lugar devemos cuidar de nós mesmos. É essencial que possamos nos conhecer de tal maneira, a ponto de não deixar a vida ir nos levando.
Chegou um dia que não tinha mais forças, não sabia quem eu era de verdade, porque nunca fui eu mesma, a minha vida era em função da minha família, dos meus amigos e depois me dediquei a trabalhos voluntários. Amava fazer o bem.
Porém, quando envelheci passei a me sentir sozinha. Não tinha constituído família, as pessoas não me visitavam e eu fiquei debilitada por um longo período. Foi neste momento que pensei que poderia ter cuidado melhor de mim, que poderia ter feito algo por mim. Não que eu me arrependa porque não me arrependo. Não que eu não tenha gostado de tudo que fiz porque gostei de todos os momentos, não que eu quisesse que alguém cuidasse de mim da forma que cuidei dos outros. mas estar só, se sentir só e viver só é muito triste. 
Queria realmente que alguém pudesse ter sido o que eu fui, fiquei muito tempo imaginando sobre isso, mas concluí que não posso fazer que as pessoas façam o que não querem, o que não sentem. Não posso desejar ter um amor, da forma que amei à todos que fizeram parte da minha vida. É uma situação conflitante, sei que fiz o certo, sei que também errei. Acredito que podia ter pensado em viver em dois lados, duas vidas, mas não pensei na hora certa e hoje não há mais tempo.
Lamento pelo que não vivi, mas agradeço pelos que ajudei. Talvez, isso seja o motivo da vida. Talvez, esse tenha sido o motivo de ser quem eu era. Talvez essa fosse a minha essência. Creio que um dia saberei.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Perdão

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Dica do dia:

" O perdão é a maior forma de amor.
Ela precisa de uma pessoa forte para dizer que está arrependida
e outra pessoa mais forte ainda para perdoar."

Rosana

É ruim quando temos a oportunidade de falar com quem queremos e sentimos que esta chance escoa sobre suas mãos e aí infelizmente, você nada pode fazer, só sofrer.
Perdi a chance de dizer a minha filha que nunca fui feliz. Um dia, precisei abandoná-la. Abandoná-la pode ser um termo forte e não era essa a minha intenção, mas foi exatamente o que aconteceu.
Passei por muitas coisas na vida: humilhações, medos, vícios e muito sofrimento. Existiu um momento que pensei que estava no auge da minha vida e aí por um lapso, engravidei. Não aceitei bem este momento, não era os meus planos e eu desejava mais. Sabia que uma criança naquele momento seria o fim do que achava estar construindo.
Tive medo de romper a gravidez, resolvi tê-la, mas foi exatamente o que aconteceu só a tive. Quando nasceu, entreguei-a para minha mãe e segui a vida da forma que achei certo. Me sentia bem, me sentia feliz e não queria parar com nada. Nunca os procurei. Sabia que a minha mãe era contra os meus atos.
Um dia, muitos anos depois, eu os vi. Eles não me viram. Tive tempo de me esconder. Minha filha era linda e eu nem sabia o seu nome, minha mãe mostrava sinais de envelhecimento e pude sentir o amor que havia entre elas. De início me senti bem, pensei ter tomado a decisão certa, mas com o tempo aquela cena não saía da minha mente.
Comecei a achar que minha vida era vazia, que não fazia sentido, que faltava algo para completar este sentimento que sentia. Descobri que não tinha como, percebi o quanto a minha família teria sido importante. Hoje me sinto sozinha, frustrada e sem forças para reagir.
Pensei várias vezes em ir até lá, pedir desculpas e tentar recomeçar. Mas no fundo eu sabia que não tinha esse direito. Não fiz parte da vida dela e não podia fazer parte disso agora. O sentimento que se tem é frustrante, não tem como descrever. Depois disso, perdi a vontade de viver da forma que vivia, tentei me endireitar, de buscar uma razão para tudo, mas era difícil. Não sabia como fazer. O sentimento de culpa me consumia.
Hoje, peço perdão para a minha filha. Peço perdão por ter sido tão egoísta, tão fraca e por não ter dado valor ao que me foi dado. Não sei se um dia ela poderá me perdoar, não sei sobre seus sentimentos por mim, mas preciso acreditar que este dia um dia irá chegar.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Verdade

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Sobre as pessoas: a maioria das pessoas dizem que querem saber a verdade mas muitas não estão preparadas para ela.
Sobre a Ana: você é do jeito que quiser ser, todos os dias você tem o direito de seguir em frente ou de recomeçar. Escolha de acordo com o que for melhor para você e não para os outros.
Dica do dia: é importante aprender a viver em sociedade, mantenha seus valores, mas eles são seus, não dos outros.

Ana Carolina

Não há nada pior do que as pessoas não acreditarem no que você diz. Passei um bom tempo sem saber se eu era invisível, se eu não passava credibilidade ou se as pessoas apenas me ignoravam. Não cheguei a conclusão nenhuma, mas de qualquer forma tentei.
Eu sempre fui uma pessoa que falava o que considerava certo, não gostava de mentiras e procurava sempre ser verdadeira. Muitas coisas aconteciam e eu via. Como não era de me calar, sempre deixei bem claro as intenções dos outros. Com o tempo, percebi que as pessoas não gostavam de mim. Umas me evitavam, outras diziam que eu era louca, muitas chegaram a dizer que eu tinha inveja da vida delas e queria destruí-las, ninguém acreditava no que eu dizia. Me tornei uma pessoa isolada. Quando eu chegava nos lugares, as pessoas me ignoravam. No início não me incomodou, mas com o tempo este isolamento me deixou muito só. A solidão é horrível. Me senti abandonada em todos os níveis. Não sei o por que estas pessoas se sentiam tão incomodadas. Ninguém gosta do que é verdadeiro? Comecei a conflitar o que era verdade do que é falso, comecei a fazer várias indagações, com o tempo achei que estava enlouquecendo. Tudo para mim virava um conflito e estar sozinha me deixava pior. O tempo foi passando e eu fui piorando. Sei que muitos me chamavam de Ana a louca.
-Ana a louca está vindo.
-Ana a louca está passando.
-Saiam de perto da Ana a louca, se não vocês vão ficar igual a ela.
No início, eu revidava. Com o tempo, comecei a agir como louca, afinal era isso que todos queriam ver. Depois, acho que realmente comecei a acreditar no que todos me falavam e pensei realmente estar louca.
Viver dessa forma é muito ruim. Ser ignorada, ser humilhada, ficar sem sua auto-estima, viver isolada e não ter ninguém, tudo isso é muito difícil. Não sei como aguentei todo esse peso durante todos esses anos. Não é fácil. As vezes paro para pensar se teria feito algo diferente na minha vida, mas realmente não sei a resposta. Viver um mundo de mentiras e de ilusões é horrível e se ser verdadeiro demais machuca aos outros ao ponto destas pessoas te machucarem profundamente é pior ainda. Não tenho respostas. Infelizmente, fui assim e continuo sendo, mesmo sem ninguém.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Sobre a Aids



Glória

Não há nada pior do que esperar. Esperei a minha vida inteira. Esperei ser amada pela minha família, esperei arrumar um bom casamento, esperei que meus filhos me amassem como eu os amei, esperei ser feliz e esperei ser curada.
Se paro para pensar a respeito da cura, este foi o maior dos meus problemas, pois, foi ao saber do meu estado físico é que percebi que vivia num mundo somente meu. Quando você descobre que tem uma doença como essa, você descobre que seu casamento foi uma farsa, que sua vida foi uma farsa e que tudo que você acreditou era uma farsa.
Não sei dizer ao certo o que senti. Num primeiro momento não acreditei no que o médico me dizia. Num segundo momento, pensei que meu exame podia ter sido trocado. Num terceiro momento refiz o exame e orei para que tudo fosse um sonho. Mas não foi. O resultado dera positivo e aí não tive dúvidas.
Existiu a parte que eu questionei muito a Deus pelo que estava passando, se eu merecia tudo aquilo. Sempre me achei uma pessoa boa, simples, pacífica, mas esse pensamento durou muito pouco. A minha raiva era maior que a minha consciência. A minha raiva era maior que as minhas ações. Não podia perdoar o meu marido e realmente não o perdoara.
Depois deste dia a minha vida desmoronou. Eu não sei ao certo como se deu o encadeamento de tantas tragédias. Perdi algumas pessoas que me amavam, mas o pior de tudo, estava perdendo quem eu era. Me transformei numa pessoa amarga, infeliz, repugnante. Acabei destruindo e abandonando as pessoas que sempre estiveram do meu lado. Não podia me olhar no espelho tamanha raiva que eu sentia. Me senti enganada, me senti destruída. Mas não bastava sentir eu tinha que mostrar a minha infelicidade aos outros.
Foi difícil e ainda é. Hoje começo entender o que me passou. Hoje começo a aceitar os erros que cometi e a compreender o que fiz de errado. Para mim perdoar ainda é difícil, mas sei também que deve ser difícil a quem fiz sofrer me perdoar. A vida parece um ciclo. Hoje consigo enxergar algumas coisas, outras acredito que será com o tempo. Foram muitos anos de erros e acertos para tentar compreender tudo que passei. Penso que o que mais gostaria é de me sentir em paz. É difícil ter paz quando você só enxerga a dor.

Sei que a vida não me foi fácil, mas sei o que passei. Não quero citar nomes dos que compuseram a minha família, só queria fazer referência a uma única pessoa, a minha mãe. Sei o quanto ela fez por mim, sei que deu mais do que poderia ter me dado. Foi uma pena não ter ido até o final com o que me era mais precioso, a fé. Espero que onde ela estiver, possa estar pensando em mim. Como eu desejaria um único abraço. Me sentir amada apenas mais uma vez. Para mim bastaria. Sei que a partir de agora eu consigo recomeçar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Violência sexual infanto-juvenil

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A maioria dos abusos sexuais ocorrem em casa que impede a proteção da criança.
Quem não denuncia, também violenta. Disque 100 e mude esta história.

Fabiana

Eu não sei ao certo o que quero dizer. A minha vida está como um filme percorrendo à minha mente. Lembro de todos os males que me aconteceram e de todas as pessoas que o fizeram. Não consigo perdoá-los, não consigo amá-los, não consigo sentir nada por eles.
Quando criança fui abandonada pela minha mãe, meu pai arrumou outra mulher que me maltratava. Meu pai viajava constantemente a trabalho e além dos males que ela me fazia, da fome que sentia, das surras que levava, das noites trancafiadas dentro do depósito, um dia descobri que ela tinha outro homem. Este foi o pior dos meus erros. Aos nove anos fui leiloada, um homem bem velho que cheirava a gado me violentou. A partir daí foi constante. Aos treze anos eu não mais me conhecia. Não tinha prazer de nada, detestava a minha vida, tinha nojo das pessoas que me cercavam e da vida que levava. Não compreendo bem o papel do meu pai neste processo. Não sei quem ele era porque se fosse o meu pai de verdade não teria permitido que passasse por tudo isso. A minha mãe não consigo perdoá-la, penso se teria sido diferente se ela estivesse ali, penso se ela teria me protegido, mas acredito que não. Se me abandonou, se me deixou sem nada, se me fez perder quem eu era, ela nunca teria me protegido.
Pensei em muitas coisas, lembro quantas vezes dormi chorando desejando que tudo acabasse. No fim descobri que não acaba, a dor é eterna, não consigo me livrar de tantos pensamentos. Acredito que estou chegando num ponto que esta dor que sinto dentro de mim está me consumindo. Vejo e revejo a minha vida o tempo todo. Ficou impregnado em mim. Sofro o tempo todo. Sei que passaram muitos anos, sei que preciso seguir uma nova caminhada, mas está difícil. Preciso de ajuda, mas sei que neste momento eu preciso me ajudar, preciso me libertar, preciso encontrar a minha luz.

sábado, 9 de janeiro de 2016

MADA

Através de uma amiga que adora se envolver em causas nobres, ela descobriu uma irmandade de mulheres que ajudam as mulheres anônimas que amam demais a se recuperarem de relacionamentos destrutivos através de trocas de experiências num programa de recuperação que segue 12 passos.
Para quem se interessar segue o endereço do blog oficial:  http://grupomadarj.blogspot.com.br/
Agora para quem gosta de uma boa leitura que envolva auto-ajuda o livro está disponível para download.
Mulheres que Amam Demais de Robin Norwood

Pensando, repensando e pensando de novo

Me dá muito desânimo em falar sobre violência, por que não é um tema que as pessoas querem discutir. Porém, toda vez que penso em parar, me deparo com dezenas de relatos de amigos, conhecidos, desconhecidos que já sofreram ou ainda sofrem algum tipo de violência. Tive a oportunidade de criar um twitter por menos de 24 horas e perceber o quanto o ser humano ainda está impregnado de conceitos arcaicos. Não conseguem ver o quanto a sociedade evoluiu e que o ser humano é digno de ser respeitado.
Tenho lido também alguns blogs que tratam deste tema e vejo a dificuldade que é para elas serem respeitadas pelo trabalho que estão tentando fazer. Muitas são ameaçadas, muitas são perseguidas, muitas são desrespeitadas e não há ninguém que as proteja, o que as protegem é a força de sua luta por esta causa.
Imagino quantos trabalhos sociais devem ter iniciado com o intuito de ajudar as vítimas de violência e que não devem ter prosseguido por falta de segurança à sua própria vida. É muito triste viver num mundo onde a violência se tornou banalizada. É muito triste perceber que há muito pouco sendo feito por estas pessoas. É muito triste observar os relatórios anuais mostrando que os índices de violência aumentam a cada dia. É muito triste não termos ações que busquem sancionar este problema que é tão sério e que nos afeta a todo instante. É muito triste perceber que este não é um problema só seu, mas de todos.

Não é a raça, não é o grau de instrução, não é o gênero, não é a opção sexual, não é a idade, não é a religião que fazem a diferença para que a violência seja exercida/sofrida. São todos que em algum momento estão tendo que (con) viver com a violência. A violência não pode se tornar oculta, ela precisa ser debatida, ela precisa ser banida, ela precisa ser denunciada.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sobre a violência

Muito se têm falado sobre a violência contra a mulher com o objetivo de proteger as suas vítimas. Leis, políticas públicas, debates, ações sociais, pesquisas, movimentos organizacionais,..., têm contribuído para se falar a respeito deste tema que gera tanta polêmica e que tenta de alguma forma prevenir a mulher vitimada e punir o seu agressor.
A violência, na maioria das vezes inicia-se de maneira sutil até o agressor ter total controle sobre a vida da vítima. A vítima se sente impossibilitada de reagir e vai permitindo este controle. Sem forças, sem crenças, sem vida, ela começa a acreditar que é merecedora desta violência. A maioria das vítimas entram num círculo vicioso onde chegam à sua própria morte.
Não espere que esta situação, ocorra com você. Caso seja vítima de violência: maus tratos, assédio, estupro, espancamento, entre outros, faça a sua parte: DENUNCIE.
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Voltei

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" Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." (Chico Xavier)