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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Melissa

Cada dia que acordava sempre sentia uma vontade imensa de continuar dormindo. Acordar para mim era sinônimo de tristeza, dor e de mais um dia de muita luta.
Perdi os meus pais quando era muito jovem, não quis morar em lares adotivos e me acostumei vivendo nas ruas. Um dia na casa de um parente, outro dia na casa de um conhecido e depois de algum tempo você percebe que não tem mais para onde ir e acaba criando o seu próprio lar da forma que te convém. 
Assim, caí nas drogas desde cedo. Comecei a beber e a me prostituir. Meu corpo, em minha mente, era a minha salvação. Vivi uma vida desregrada mas foi assim que sobrevivi por algum tempo.
Drogada, alcoolizada e prostituída meu resultado já era esperado. Com 23 anos, adoeci. Com pouco tempo definhei. Não tinha ninguém por mim. Era eu comigo mesma. Se tomei juízo? Infelizmente não. O vício era maior do que eu. Já fazia parte de mim. 

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