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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Lúcia Alves

Cometer um erro é mais fácil do que se pode imaginar. Não estou aqui dizendo que devemos errar, mas com certeza faz parte do nosso dia-a-dia, errar.
Somos fracos, somos frágeis, somos indefesos e somos ignorantes. Sabe por quê?
Porque quando algo nos ameaça ou não sai da forma que queremos, não aceitamos. E quando não aceitamos, perdemos a razão. A emoção do sentimento do que se passa, fala mais rápido e é aí que erramos. É aí que nos tornamos iguais aos que nos feriram, aos que nos desprezaram, aos que nos faltaram com a verdade. Este é um momento importante, porque em questões de segundos mudamos uma vida inteira, fazemos uma besteira e (in)felizmente pagamos por este erro. As vezes levam-se anos, as vezes uma vida inteira. Nunca se sabe.
Nossos sentimentos são antagônicos, nossa vida também o é. Nossos pensamentos são rápidos e nossas ações nem nos damos conta.
Sei que errei. Sei que quis pagar na mesma moeda o mal que me fizeram. Pude até ter tido um pequeno milésimo de segundos aquela sensação de que havia feito a coisa certa, mas a consciência, essa realmente pesa e não há nada que te ajude a mudar, a removê-la, a pensar diferente.
Seu coração e sua mente tornam-se uma só. Um pesadelo na sua vida. Você descobre com o tempo que se tornou sua própria vítima. Vítima do seu medo, de suas frustrações e principalmente dos seus erros. 
Você descobre com o tempo que o seu erro não te faz uma pessoa melhor. A cobrança essa dói e te deixa sem ação. Saiba que nunca podemos retroceder. Depois de feito ou falado, já era. Nada volta atrás. A sua vida têm de seguir adiante. De uma forma ou de outra. Eu errei, conheço bem o meu erro. Sei a quem prejudiquei e lamento o que fiz. Sei que houve um preço e paguei por ele, mas não posso continuar com este fardo dentro de mim, eu preciso seguir adiante e é o que tentarei fazer. Que eu tenha sorte em não falhar de novo.

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