Talvez, apenas talvez num momento de nostalgia, onde relembro da minha juventude, lembro de uma poesia que fez parte de longos anos de minha vida. Eu lia, relia, interpretava e a cada lida, enxergava-a de forma diferenciada. É como se houvesse várias formas de dizer sobre um determinado assunto e que a cada momento, dissesse um pouco mais. Ainda nova não sabia bem o seu significado, como acredito que ainda não sei. Mas ela me marcou profundamente e ainda me marca. É engraçado por que o filme Outsiders, por mais que tenha consagrado ótimos atores na década de 80, não me marcou tanto como a declamação da poesia de Robert Frost:
Nada que é dourado permanece
Na Terra o verde novo é louro,
da cor do transitório ouro,
que cedo em cada folha aflora;
mas só por uma hora.
Pois folha submerge a folha,
e o Éden ao luto se recolha
da Aurora, que ao dia desce.
Nada que é dourado permanece.
E assim, também penso que "nada que é dourado permanece."
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