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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Robert Frost

Talvez, apenas talvez num momento de nostalgia, onde relembro da minha juventude, lembro de uma poesia que fez parte de longos anos de minha vida. Eu lia, relia, interpretava e a cada lida, enxergava-a de forma diferenciada. É como se houvesse várias formas de dizer sobre um determinado assunto e que a cada momento, dissesse um pouco mais. Ainda nova não sabia bem o seu significado, como acredito que ainda não sei. Mas ela me marcou profundamente e ainda me marca. É engraçado por que o filme Outsiders, por mais que tenha consagrado ótimos atores na década de 80, não me marcou tanto como a declamação da poesia de Robert Frost:

Nada que é dourado permanece

Na Terra o verde novo é louro,
da cor do transitório ouro,
que cedo em cada folha aflora;
mas só por uma hora.

Pois folha submerge a folha,
e o Éden ao luto se recolha
da Aurora, que ao dia desce.
Nada que é dourado permanece.

E assim, também penso que "nada que é dourado permanece."

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