De
acordo com a historiografia, uma forma da mulher mostrar se é boa mãe, é a
forma como ela conduz a educação de seus filhos. Seguindo as normas de sua
época, as imposições dos seus maridos e as regras vigentes pela sociedade, as
mulheres obedeciam cegamente a estes preceitos para não serem consideradas mães
relapsas.
Com
as mudanças ocorridas nos papéis sexuais, com a emancipação da mulher no
mercado de trabalho, com a sua independência econômica e com o número crescente
de famílias monoparentais femininas, a mulher passou a assumir a
responsabilidade pelos valores aprendidos pelos filhos.
Desse
modo, buscou-se descobrir quais os valores que essas mulheres acreditam que são
importantes para transmitirem aos seus filhos.
“Eu
pareço mais uma amiga do que mãe. Tento deixá-los a parte de tudo que acontece
comigo: meus relacionamentos, minhas raivas, minhas dúvidas. Mostro para eles a
importância do estudo e a busca pelo que eles acreditam”. (Tereza)
“Acredito
que respeitar as pessoas e buscar um emprego digno é o mais importante. Meu
filho acabou de se formar no ensino médio e quer constituir família logo, então
ele precisa de um bom emprego para dar conta.” (Glória)
“Meu
filho é muito novo e está na creche ainda. Não parei para pensar no que quero
para ele, talvez estar numa religião e continuar estudando, sei lá...De
qualquer forma, sei que tenho a minha mãe para me orientar.” (Lurdes)
Percebe-se
que o elemento central na criação dos filhos e na rotina diária ainda é a mãe,
tentando transmitir para eles o que elas acreditam ser o melhor. O ponto
principal abordado por elas é o estudo para se qualificarem na vida quando
forem atrás de um bom emprego e constituírem uma vida mais estruturada
financeiramente no futuro.
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