Glória
trabalhava de doméstica antes e num certo momento durante o casamento. Depois
que se separou conseguiu um emprego de carteira assinada e hoje é auxiliar de
serviços gerais numa escola da rede pública. Sobre o significado do trabalho
responde:
“O
trabalho me faz bem, mata a minha solidão e me deixa feliz de saber que consigo
pagar as minhas contas. Colocar comida em casa e poder dar o mínimo de conforto
para o meu filho é o mais importante.”
Lurdes
trabalha todos os dias. Quando não vende bombons pelas ruas, está fazendo
encomendas para aniversários. Por esse trabalho costuma ter uma renda de R$
1.000,00 (hum mil reais) mensais.
“É
um pouco cansativo, porque faça chuva ou faça sol eu preciso andar muito pra
conseguir vender bem. Vou de loja em loja oferecendo.”
A
respeito de conseguir outro emprego, responde:
“Já
pensei em tentar um emprego no Rio e deixar meu filho com o pai. Mas não sei se
seria bom pra ele ficar sem mim. Arrumar um emprego aqui, eu trabalharia o dia
inteiro pra ganhar um salário e para mim não compensa.”
De
sacoleira para advogada, esta é a nova profissão de Tereza. Ainda não tem
carteira de trabalho, nem uma renda fixa.
“Trabalhei
como estagiária em direito, mas era de graça. Preciso estudar para fazer o
exame da ordem, aí sim, daqui uns anos vou ganhar o que quero.”
As
estratégias utilizadas para a sobrevivência de cada família são muitas e vão de
acordo com as suas ambições.
Os
trabalhos informais são os meios que elas encontraram para sustentar sua
família. Desse modo, elas abrem mão de um horário fixo e trabalham com um
horário flexível para atender seus clientes e garantir dessa forma um orçamento
melhor para a sua sobrevivência e de seus filhos.
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