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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Sobre o trabalho

Glória trabalhava de doméstica antes e num certo momento durante o casamento. Depois que se separou conseguiu um emprego de carteira assinada e hoje é auxiliar de serviços gerais numa escola da rede pública. Sobre o significado do trabalho responde:
“O trabalho me faz bem, mata a minha solidão e me deixa feliz de saber que consigo pagar as minhas contas. Colocar comida em casa e poder dar o mínimo de conforto para o meu filho é o mais importante.”
Lurdes trabalha todos os dias. Quando não vende bombons pelas ruas, está fazendo encomendas para aniversários. Por esse trabalho costuma ter uma renda de R$ 1.000,00 (hum mil reais) mensais.
É um pouco cansativo, porque faça chuva ou faça sol eu preciso andar muito pra conseguir vender bem. Vou de loja em loja oferecendo.”
A respeito de conseguir outro emprego, responde:
“Já pensei em tentar um emprego no Rio e deixar meu filho com o pai. Mas não sei se seria bom pra ele ficar sem mim. Arrumar um emprego aqui, eu trabalharia o dia inteiro pra ganhar um salário e para mim não compensa.”
De sacoleira para advogada, esta é a nova profissão de Tereza. Ainda não tem carteira de trabalho, nem uma renda fixa.
“Trabalhei como estagiária em direito, mas era de graça. Preciso estudar para fazer o exame da ordem, aí sim, daqui uns anos vou ganhar o que quero.”

As estratégias utilizadas para a sobrevivência de cada família são muitas e vão de acordo com as suas ambições.

Os trabalhos informais são os meios que elas encontraram para sustentar sua família. Desse modo, elas abrem mão de um horário fixo e trabalham com um horário flexível para atender seus clientes e garantir dessa forma um orçamento melhor para a sua sobrevivência e de seus filhos.

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