Páginas

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Sobre a participação da família

Entende-se por participação na família, o auxílio dado pela família materna seja em forma financeira, cuidados com os filhos, ajuda com os alimentos, entre outros.
No depoimento de Lurdes, percebe-se uma maior presença de familiares que participam e auxiliam na dinâmica familiar feminina. Nesse relato a ajuda de sua mãe (avó da criança), torna-se central, suprindo as necessidades na ausência da mãe quando está sai para trabalhar e buscar o sustento de sua família.
“Morar no mesmo terreno que a minha mãe me ajuda em tudo. Almoçamos na casa dela e quando não posso, ela fica com meu filho.”
Glória aponta em seu depoimento a limitação dessa ajuda, mesmo porque ela abdicou do seu profissional para cuidar de seu filho na infância e neste período ela encontrava-se unida ao seu cônjuge.
“Aos oito anos, meu filho já sabia cozinhar, arrumar casa, ir ao mercado e pra escola. Muitas vezes, tive que que deixar ele sozinho em casa, para trabalhar. Sei que é errado, mas precisava comer.”
Tereza não foi criada pela mãe, que foi embora quando ainda era pequena. Nunca teve contato com o pai e quem a criou foi a avó materna. Como a avó vive em outro Estado, a criação de seus filhos dependeu dela mesma. Em momentos de extrema necessidade, os filhos iam para a casa do pai.
Minha mainha é muito boa para mim, mas mora muito longe. Tudo que eu preciso dentro das possibilidades dela, ela me ajuda. Nas férias, meus filhos vão sempre para lá. Ela é muito importante na nossa vida.”

Deste modo, percebemos que nem sempre o familiar encontra-se disponível ou a vontade de ajudar: seja pela distância da moradia, por ordem pessoal ou financeira. O fato é que quando a família solicitante não recebe o apoio para atender as necessidades momentâneas, observamos uma precoce emancipação na educação dos filhos, podendo surgir uma situação de risco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário