A
família tem sofrido grandes processos de transformações influenciados pela
realidade social. Na contemporaneidade, presenciamos a inclusão de novos
valores inclusive no que concernem as questões familiares.
A
família continua sendo um tema bastante discutido por ter muito valor não só
para a sociedade, mas, como para o próprio indivíduo. Por isso, as pesquisas
sobre os arranjos familiares sempre ecoam interesses por ser fruto da nossa
própria realidade.
O
estudo da família brasileira vincula-se a dois momentos: um baseado no modelo
de família patriarcal e o outro onde este modelo idealizado para a sociedade é
revisto.
Entre
os novos modelos familiares destacamos a monoparentalidade feminina, que apesar
dos poucos estudos ao seu respeito, tem-se destacado como uma nova alternativa
familiar, onde a mulher passa a ser a figura ativa no cotidiano de seus filhos,
ou seja, é responsável pelos cuidados de sua prole.
A
relevância desse tema se justifica por pouco se falar das dificuldades que as
mulheres quilombolas sofrem nesta mudança de arranjo familiar. Primeiro pelas
suas dificuldades raciais, depois, por dificuldades de gênero e a partir daí
pela nova situação que ela se encontra inserida, a de prover um lar sem a ajuda
de um cônjuge.
Buscando
estabelecer um trabalho mais específico sobre esta forma de organização
familiar, procuramos analisar através de questionamentos realizados com
mulheres quilombolas de uma comunidade do ES este novo núcleo familiar, através de todo um
processo sócio-cultural-econômico.
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