Um
dos pontos mais difíceis para as entrevistadas é o tocante a chefia familiar.
Aqui serão abordados, alguns fatores dificultadores, que foram expressos por
elas:
“Para
mim todo o processo foi difícil: educa-los, cuidar dels na hora das doenças,
dar o de comer, o de vestir, tentar manter um padrão que o pai dava foi quase
impossível. Estar com eles, cuidar da casa, lavar, cozinhar, estudar e correr
atrás do dinheiro para pagar as contas. Sinceramente tinha dias que ia dormir e
achava que no dia seguinte não ia ter forças pra me levantar.” (Tereza)
“Eu
ainda tenho esperança de voltar com o meu marido. Eu sinto falta dele. Parece
que estou vivendo um pesadelo e que na hora que eu acordar, tudo vai ser
diferente. Estou tratando com um médico para aceitar toda essa mudança na minha
vida.” (Lurdes)
“Toda
situação é difícil no início, depois a gente acaba se acostumando. Eu juntei,
separei, voltei e hoje sou viúva. O que posso fazer? Acostumar com a situação e
seguir em frente.“(Glória)
A
historiografia nos mostra que a submissão da mulher ao homem, no modelo patriarcal
existente há séculos, através: do Estado, da religião, da educação e da forma
de se portar perante a sociedade; dificulta ainda, nos dias de hoje, a mulher
tomar decisões no que concerne a sua nova estrutura familiar.
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