Desde criança passei por alguns
problemas que me deixaram com problemas graves de relacionamento. Aos 4 nos
perdi o meu pai. Ele não aguentou a pressão da vida e num ato de covardia ele
tirou sua própria vida. Minha mãe com cinco filhos para sustentar acabou se
casando com um homem que ela nunca amou porque sozinha ela não aguentou nos
manter.
Sei o tanto que foi sacrificante
na vida dela aquele relacionamento. Vi que sofria. Seus olhos perderam o brilho
da vida. Eu não sei como ele a tratava nos momentos mais íntimos, mas a
infelicidade a consumia. Antes deu completar meus 15 anos, minha mãe veio a
falecer.
Meu padrasto, desorientado com a
perda da mulher que amava, começou a beber. Perdeu o emprego e ele quase não
aparecia em casa. Eu e meu irmão começamos a trabalhar para conseguir nos
sustentar. Afinal o nosso objetivo era manter os meus irmãos unidos.
Acabou que não conseguimos. Alguém
denunciou o nosso problema ao Conselho e resumindo acabamos todos num orfanato.
Meu irmão meses depois pode sair. Ele fizera dezoito anos. Ao sair, prometeu
que faria de tudo para nos unir novamente. Não sei se ele chegou a tentar. Só sei
que em seis meses da sua saída me comunicaram que ele havia sofrido um acidente
e veio a óbito. Meu mundo se fechou. Minhas esperanças reduziam cada dia mais.
Antes deu completar 18 anos, meus
irmãos haviam sido adotados. O de 13 foi morar na casa dos meus avós paternos. O
de 10 e a menina de 9 anos foram morar na casa da minha tia materna. Os meus
avós maternos tentaram me adotar, mas eu lembrava da minha mãe dizendo que eles
nunca aceitaram o casamento dela e desde aquela época eles haviam perdido os
laços familiares. Apesar dos erros do meu pai eu sempre o amei e não poderia
conviver com a ideia de morar com pessoas que nunca o aceitou.
E através destes pensamentos, no
meu aniversário de 18 anos, tomei a minha própria decisão. Uma decisão que
afetaria a minha vida para sempre.
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